segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sozinho

Ter mudado definitivamente para Bruxelas foi muito bom.
Estou mais perto do trabalho (só assim levo menos duas horas nas deslocações), poupo gasóleo, aproveito mais os dias, tenho mais actividades à minha disposição, vou às compras mais facilmente, posso ir ver a bola aos cafés portugueses a toda a hora... Enfim, aparentemente parece tudo melhor. Tenho alguns fins-de-semana preenchidos com desporto, como o que passou (a propósito, perdemos 2-0 com a Roménia, falhando completamente o "Objectivo 9"... Mas estava sol e calor, e pudémos disfrutar de umas cervejas romenas da marca "Ursus"... Fiquei com a sensação de estar a ser gozado à força toda!!) e tento ocupar-me em casa nos detalhes que faltam...
Portanto eu devia sentir-me contente e feliz. E até sinto, acreditem. Mas estaria muito mais feliz se não estivesse sozinho. É verdade que sem forma de comunicar com o mundo exterior, leia-se internet, também se torna um pouco mais complicado "inventar" formas de me entreter... A leitura é uma constante assim como a rádio belga (Pure Fm e Mint lá vão dando para o gasto...) para passar o tempo.
Faltam 4 dias para matar as saudades"da vidinha a dois" como disse a Rita, e certamente que vou ser muito mais feliz quando ela chegar. Mas não posso deixar de partilhar da opinião dela acerca do Telmo que sou agora e do Telmo que fui há uns anos... E não é preciso recuar assim tanto. Há três anos trabalhava para o estado português, em Portugal, com um contrato de avençado (recibos verdes) precário, sempre com a corda na garganta, sem saber o que o futuro poderia trazer, mas com excelentes colegas de trabalho... Agora estou a trabalhar por conta de outrém, em Bruxelas, com um contrato decente, com um horizonte temporal de 4 anos pelo menos, e sou o único responsável pelo trabalho que desenvolvo... A distância parece-me enorme entre estas duas realidades das quais eu fiz e faço parte.
Mas quem me dera não estar sozinho... e vou e estou a fazer para não continuar sozinho.

Até já!

2 comentários:

Rita disse...

Não estou forte nem a saltar de felicidade, mas sentir-te triste e sozinho dá cabo do meu pobre coração, revolta-me cá dentro, dá-me vontade de mover montanhas para te fazer sentir todo o orgulho que tenho em ti, todo o carinho gigante que se apodera de mim sempre que falo do que tens feito a todos os que me perguntam por ti...prometo que vou espalhar magia na semana em que estiver aí, para te provar que esta tua aventura vale a pena! Beijinhos enormes!

Anónimo disse...

Meu querido é preciso não desanimar e o orgulho que todos sentimos em ti e no futuro que estás a procurar construir para ti e para a tua Rita. Não desanimes e tem paciência para a tua menina que precisa de ti mais do que parece!