Ter mudado definitivamente para Bruxelas foi muito bom.
Estou mais perto do trabalho (só assim levo menos duas horas nas deslocações), poupo gasóleo, aproveito mais os dias, tenho mais actividades à minha disposição, vou às compras mais facilmente, posso ir ver a bola aos cafés portugueses a toda a hora... Enfim, aparentemente parece tudo melhor. Tenho alguns fins-de-semana preenchidos com desporto, como o que passou (a propósito, perdemos 2-0 com a Roménia, falhando completamente o "Objectivo 9"... Mas estava sol e calor, e pudémos disfrutar de umas cervejas romenas da marca "Ursus"... Fiquei com a sensação de estar a ser gozado à força toda!!) e tento ocupar-me em casa nos detalhes que faltam...
Portanto eu devia sentir-me contente e feliz. E até sinto, acreditem. Mas estaria muito mais feliz se não estivesse sozinho. É verdade que sem forma de comunicar com o mundo exterior, leia-se internet, também se torna um pouco mais complicado "inventar" formas de me entreter... A leitura é uma constante assim como a rádio belga (Pure Fm e Mint lá vão dando para o gasto...) para passar o tempo.
Faltam 4 dias para matar as saudades"da vidinha a dois" como disse a Rita, e certamente que vou ser muito mais feliz quando ela chegar. Mas não posso deixar de partilhar da opinião dela acerca do Telmo que sou agora e do Telmo que fui há uns anos... E não é preciso recuar assim tanto. Há três anos trabalhava para o estado português, em Portugal, com um contrato de avençado (recibos verdes) precário, sempre com a corda na garganta, sem saber o que o futuro poderia trazer, mas com excelentes colegas de trabalho... Agora estou a trabalhar por conta de outrém, em Bruxelas, com um contrato decente, com um horizonte temporal de 4 anos pelo menos, e sou o único responsável pelo trabalho que desenvolvo... A distância parece-me enorme entre estas duas realidades das quais eu fiz e faço parte.
Mas quem me dera não estar sozinho... e vou e estou a fazer para não continuar sozinho.
Até já!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Não estou forte nem a saltar de felicidade, mas sentir-te triste e sozinho dá cabo do meu pobre coração, revolta-me cá dentro, dá-me vontade de mover montanhas para te fazer sentir todo o orgulho que tenho em ti, todo o carinho gigante que se apodera de mim sempre que falo do que tens feito a todos os que me perguntam por ti...prometo que vou espalhar magia na semana em que estiver aí, para te provar que esta tua aventura vale a pena! Beijinhos enormes!
Meu querido é preciso não desanimar e o orgulho que todos sentimos em ti e no futuro que estás a procurar construir para ti e para a tua Rita. Não desanimes e tem paciência para a tua menina que precisa de ti mais do que parece!
Enviar um comentário