segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tirana, Albânia - Parte I

Ora cá estou eu de volta! Sim, sim, sou mesmo eu, aquele que nem consegue acabar os posts das viagens, já para não falar dos outros sobre aquilo que se vai passando com a vida pachorrenta, mas feliz, na Irlanda. Pois como referi no post anterior, visitei todos os sítios que mencionei, sendo que aquele de que gostei mais foi La Rochelle. Por estar perto do mar, pela arquitectura, pelo centro medieval da cidade, pelo mercado municipal... Vale a pena passar umas férias por lá e aproveitar também a comida e vida nocturna desta cidade à beira-mar. Foi uma, senão a mais complicada e stressante, missão que já fiz até hoje. Tive bastante ajuda dos peritos que vieram connosco mas quase nenhuma, para não dizer mesmo nenhuma, contribuição que se visse do "grande"... Sim, daquele sobre quem vos falei há uns tempos quando estava no Gana. Passada a fase penosa da elaboração do relatório, que se atrasou imenso desta vez por culpa exclusivamente minha e da minha falta de inspiração declarada, o cancelamento da visita à Venezuela veio a ser uma benção par poder assentar arraiais. Sendo assim, aqui estou, de viagem mais uma vez. E com um novo passaporte! Não, não mudei de nacionalidade, apenas de passaporte. Tudo feito na embaixada de Portugal em Dublin, com direito a cartão do cidadão e tudo. E com morada actualizada. A Direcção Geral da Administração Interna aliás fez questão de me avisar por carta, enviada para Trim, que o meu recenseamento eleitoral em território português foi automaticamente cancelado. sendo assim, se quiser votar (em todas as eleições excepto as autárquicas) terei de me inscrever no consulado, o que farei com muito gosto porque gosto de exercer o meu direito de voto sempre que posso. E onde estou? Em Tirana, capital da Albânia, um país dos Balcãs, zona mais conhecida por ter sido a origem de duas guerras mundiais. Vão ser duas semanas a visitar este país, recém saído de uma ditadura que arruinou o pouco que ainda havia por arruinar. Estou num hotel que fica numa zona que dantes apenas era acessível por quem fazia parte do partido do poder pois era aqui que se encontravam as vivendas dos altos dirigentes, ditador e primeiro-ministro incluídos. Toda a cidade está meio arruinada, meio em renovação. A zona dos edíficios governamentais mantém a traça original, da época da influência do fascismo de Mussolini. Os italianos têm uma enorme influência neste país, onde grande parte da população até fala italiano. A distância mais curta entre a costa da Albânia e da Itália é de 80km. Mais a sul, irei visitar um sítio donde consigo ver a ilha grega de Corfu, que me dizem poder alcançar facilmente a nado... Fomos extramamente bem recebidos e a simpatia para já impera. Alguma surpresa também por verem inspectores tão novos pela primeira vez a fazerem uma auditoria deste género... Isto deixa-nos sempre de pé atràs. Já tivemos oportunidade de provar o peixinho da Albânia e é muito bom e fresco. Jantámos num sítio bem agradável, apesar de ainda se poder fumar dentro dos restaurantes. Tivemos o privilégio (digo eu) de jantar com um dos vice-presidentes da câmara municipal de Tirana, que é veterinário. Aliás, à semelhança do Presidente do país! Bela representação da profissão! Conversámos sobre vários temas e pudemos aperceber-nos da herança pesada que o regime comunista deixou nestas pessoas. Amanhã começa a sério. Vamos ver o que dá... Beijinhos e abraços. P.S.: Sut-Leng e Júlia, desculpem não ter respondido aos vossos comentários!! O tempo que estive em Paris foi curtíssimo e todo passado a trabalhar. Tenho de planear uma visita mais longa e para descansar...