3 grandes momentos de Paz com 3 grandes Mulheres!

Ontem, primeiro fim de semana oficial sózinha em casa, tive 3 momentos de grande paz e equilibrio que me fizeram muito bem e feliz.
A manhã começou com um raro momento de mãe e filha que se prolongou até meio da tarde: fomos as 2 às compras de tudo o que precisava agora nesta minha condição de "meia aleijadinha temporária". Passámos uma boa parte do dia juntas o que efectivamente nuna fomos de fazer muito. A mãezinha dirá que é porque eu sempre fui muito arisca e independente, eu direi que é porque passo muito essa imagem e que às vezes não é bem verdade. Seja como for, gostei muito de escolher o chapéu para me proteger a minha cabeça ferida, de me "zangar" com a mãezinha por estar a comprar uma nova promoção de Martini Rosso com um saco no Pão de Açucar quando eu tenho um saco daqueles para lhe oferecer e tenho Martini mais que água em casa, de almoçar com a mãe e com o Zé no novo japonês do Amoreiras Plaza, e de no final do nosso dia juntas ter contribuido com um novo cocktail de Martini Rosato para os pombinhos da Conde das Antas.
Depois, vieram umas 2 horinhas em casa com a Lurdes a virar um brinquinho a minha casa e a minha roupa e depois chegou a sogrinha, sempre com a sua genica e vida agitada, cuja energia parece ser um compromisso que ela fechou há muito tempo com ela própria. É engraçado como somos pessoas tão distintas e eu sempre vivi com a sensação que eu nunca seria a nora que ela escolheria, se pudesse, para o seu grande Telmo...se calhar, no fundo, os corações de mãe têm sempre razão...mas a verdade, é que até agora pelo menos durante quase 13 anos tem sido assim. E se houve sensação que fui perdendo e que desde há 2, 3 anos perdi por completo mesmo foi essa...acho que agora, com todas as nossas diferenças, ela aprendeu a gostar mais de mim, e eu admiro-a sempre muito, sobretudo pela sua capacidade tão genuína de ajudar e de a pouco e pouco estar a assumir a função de iman da família, tal como o avô e avó foram durante muito tempo. É mesmo uma grande Mulher, difícil de dobrar...
Por fim, já estava eu na festinha de anos da Rita, em casa dos tios Nita e Mário e rodeada da minha família emprestada Valinhas, sem o elo que me fez entrar nela, o Telmo, e telefona a Paula...simplesmente a minha grande, a minha melhor amiga Paula...conhecem aquelas pessoas com quem falamos 1 vez por ano, que moram no caso a 300 kms de nós e que no dia em que acontecer qualquer problema é sem dúvida o meu porto de abrigo? Aquela pessoa que nos conhece de frente para trás, que aceita todos os nossos lados negros sem nos julgar e que procura sempre ajudar-me a descobrir o caminho, sem pôr panos quentes quando o futuro vai doer? É ela! E vai ser mamãe outra vez! Fiquei com o coração cheio!
Por isso, ontem, tive um dia repleto de forte rodeada por 3 Mulheres muito importantes para mim, com laços bem diferentes, com realidades bem diferentes, com histórias bem diferentes mas que me fazem muita falta...Obrigado às 3!

Uma manhã diferente

Já não ia ao médico há uns tempos. A útlima vez foi no final de 2006 para uma visita de rotina.

Hoje tive direito ao serviço completo: tirar sangue para quatro tubinhos, fazer pontaria e encher um frasco de chichi, radiografia ao tórax, electrocardiograma, exame médico completo com direito a "AHHHHH!", "respire fundo de boca aberta", teste aos reflexos, palpação abdominal, ouvidos, tensão arterial, medidas do corpo, peso, altura e exame oftalmológico. Três horas depois estava despachado.

Resultados imediatos:
- Tensão 8-13,5: no limite para alguém jovem como eu, palavras do sr. doutor;
- estou a pesar mais 1 kg do que pensava (desconfio que a balança lá de casa anda a brincar connosco...);
- Meço o mesmo que há 6 anos atrás;
- estou a ver pior do olho direito, nomeadamente, ao longe.

Conclusão: parece-me que estou a envelhecer...

Até amanhã!

De volta ao que me tornei nos últimos meses... ou quase 2

O título que a Rita escolheu para o post dela serve, encaixa e corresponde aquilo que eu também sinto. E desculpa tê-lo aproveitado, mas foi muito bem escolhido!!

Estou de regresso à capital da Europa depois de duas semanas de paragem "imposta" por um susto. Fico triste por ter voltado mas feliz por saber que a recuperação da Rita vai de vento em popa e não escondo o contentamento de ter contribuído, um bocadinho, para que isso acontecesse.
Se ainda se lembram, eu tinha ido a Brescia para uma conferência de três dias, no princípio do mês. Foi... nem sei bem o que foi... porque a partir de certa altura deixei de me preocupar com o que estava lá a fazer e só queria era ir para Lisboa. Descobri, mesmo assim, duas fotos que tirei ao sítio onde foi o jantar de gala. Ah! E em Brescia há um "Continente"!!!









O meu regresso tem uma novidade: tenho um "inquilino". Estou a albergar um colega meu que se mudou da Irlanda para Bruxelas, e que já está lá em casa há uma semana. Ficará o tempo que for necessário até que encontre uma casa para ele e respectiva família.
Pouco a pouco, a minha rotina bruxelense irá voltar a dominar o meu dia-a-dia, mas não pensem que me esqueço de vocês. São todos(as) importantes, uns(umas) mais do que outros(as) nesta grande aventura que é a minha vida de emigrante!!!

Até breve.

De volta ao que me tornei nos últimos meses...ou quase

Pois é...o Telmo acabou de seguir para o aeroporto. Amanhã vou trabalhar, para já só durante as manhãs. Parece que a pouco e pouco, tudo começa a voltar ao normal antes do acidente. Esta simples reflexão tem tudo para ser uma ode à felicidade, mas nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Nestas mais de 2 semanas forçadas de vida a dois, sentimos muita coisa boa e muita coisa estranha: já não nos conhecemos tão bem. Outra coisa não seria de esperar, até porque vivemos separados, em países diferentes há já quase 1 ano e meio. Criámos ambos rotinas próprias, defesas próprias,....longe do habitual "comuns" dos casais. A vida continuou para ambos, e embora seja inquestionável a importância que cada um tem na vida do outro, somos uma Rita e um Telmo diferentes do que éramos quando em Março de 2007 começou a aventura belga, de que tanto me orgulho. E o fim não tem vista. A carreira do Telmo será certamente internacional, sempre com todo o meu apoio, na Bélgica ou noutro sítio qualquer, e a minha para já está cá. Efectivamente eu gosto do "lá fora", fui feita para viver lá fora, mas estou muito entregue ao que vou fazendo por aqui...
Cá estou eu agora em casa, numa fase que sei ser temporária, sem Scott, só com uma mão disponível mas que já me permite fazer muita coisa de subsistência básica, com a Lurdes a ajudar na lida da casa, e com uma realidade que me fere muito: a precisar de alguma ajuda. E quem me conhece, sabe que pedir ajuda não é o meu forte. Detesto estar dependente de alguém e no entanto não tenho jeito nenhum para estar sozinha...que paradigma enorme.
Não aguento mais alguns dos circunstanciais "e se precisares de alguma coisa, já sabes, é só avisar"...porque é que dizemos isto da boca para fora? Acredito que há um grupo muito reduzido de pessoas com as quais posso realmente contar (aliás é fácil descobri-las...quando estamos mesmo mal, esses nomes sobressaiem com uma naturalidade atroz), mas a outra maior parte?! Vai andando por aí e se tudo se conjugar pode ser que haja algum momento onde efectivamente possam ajudar.
Cá estou eu, outra vez sozinha (sim, porque mesmo com o espaço desconhecido que se instalou entre nós, só não me sinto sozinha quando o Telmo está por perto), uma vez orgulhosa por levar tão bem a minha vida de mulher independente e outros dias a ter que lutar para encher os meus momentos de afazeres interessantes que me afastem de tudo aquilo que me consome: as minhas dúvidas, os meus erros, as minhas mais puras emoções, os meus medos, a minha inércia, o meu "deixa ver onde isto vai dar"...cá estou eu, quase de volta ao que me tornei.
Vou continuar a fazer tudo para me tornar autosuficiente outra vez, e vou, como sempre, continuar a nadar. Tenho sempre esta ideia de que a vida é uma enorme piscina com muitos poucos sítios com pé. Sempre que temos um desafio que nos faz sofrer ou adaptar a alguma coisa na vida, imagino que estou numa prancha e que tenho 2 opções: saltar e nadar até á berma ou saltar e afogar-me. Até agora, saltei e nadei sempre...mesmo com caimbras, mesmo contra correntes, nadei sempre...e vou continuar a nadar enquanto tiver um restinho de força dentro de mim.
Até logo!

P.S: não te vou agradecer porque não preciso e sei que ficavas triste...foste o melhor enfermeiro de serviço que poderia ter...vou tentar cuidar tão bem de mim, como tu fizeste.

Olímpiadas

Pela primeira vez em 2 semanas dormi 6 horas e tive que acordar às 7h...é incrível como uma coisa que faço para aí em 225 dias do ano, vai para 10 anos, ganha uma dimensão importante quando nos é tirada de repente, sem pedir autorização.
Ás 8h, estava a caminho do Hotel Lezíria para o V Encontro da Bacardi Martini, e mais do que isso ao meu reencontro com todos os que ocupam nos cerca de 225 dias, metade do meu dia...e que saudades! Mil beijos e 1 abraço enorme depois, foi ouvir e sentir com um orgulho enorme que faço parte de uma empresa brutal, que faz coisas incríveis e que tem marcas e produtos apaixonantes...e sobretudo que tem um líder muito motivador.
E depois arrancámos para um dia bem activo, com imenso espírito de equipa, boa disposição, excelente companhia, sol,....tudo para me fazer feliz!
Cada equipa começou por fazer a sua bandeira...modéstia à parte, a nossa era a melhor...e não era fácil...DOURITO, o nosso Moscatel
Fizemos provas como lançamento do dardo, corrida de caricas, prova de orientação em BTT, 100m bandeja, cestos basket, lançamento de caixas, puzzle de caixas em palete e uma prova de teatro...pelas limitações físicas, participei activamente apenas nesta última prova de criatividade mas com o meu habitual fervor, puxei pela minha equipa o dia inteiro, organizei as nossas provas, fui porta estandarte na abertura dos jogos...e fomos brilhantes! Ficámos num surpreendente 2º lugar, em 9 possíveis...e sempre com uma calma sem pretenciosismo incrível.
Fora isso, convivemos, revivemos a Grécia, rimos, dançámos, cantámos,....ontem foi um dia feliz!
Até logo!

P.S: um beijinho especial ao regressado Telmo que tem sido fundamental na minha recuperação...e continua a escrever...o silêncio faz-nos bem, mas escrever sobre qqr coisa, mesmo que não seja sobre o que nos está a consumir por dentro, ajuda a refrescar a alma.

Quebrar o silêncio...

Faz hoje duas semanas.
Há duas semanas atrás eu estava em Brescia quando a Rita me ligou a contar que tinha tido um acidente de carro, nessa madrugada...
O sentimento de impotência para ajudar quando se está a milhares de km de distância é difícil de descrever. E não estou a falar de ajudar porque me sinto na obrigação enquanto marido de o fazer ou porque as pessoas esperam isso de mim, não... estou a falar de ajudar alguém muito especial e importante na minha vida, de quem sou, antes de tudo o mais, muito amigo.
Até à data, a Rita e eu temos sido uma equipa, diria mesmo, uma excelente equipa. Já ultrapassámos muitos obstáculos juntos e parece que este último também estamos a conseguir.

Desde esse dia fatídico, andei de comboio 2 vezes e 5 vezes de avião por 4 países diferentes para poder ajudar quem precisava de mim. Não consigo sequer imaginar como estaria neste momento se não fosse a Rita que me tivesse ligado... O vazio que se instalaria, do qual felizmente não tenho sequer a mera amostra ou vislumbre, certamente apagaria a minha vontade de continuar a viver... Não poder partilhar as tristezas e os sucessos com alguém que nos compreende por dentro e por fora tornar-se-ia um exercício difícil na solidão de uma vida "a um".
Decidi quebrar hoje o silêncio porque a Rita está num dia de team building (já soube que se está a divertir muito e está feliz. Não imaginam como isto me alegra, depois de duas semanas de recuperação com progressos consideráveis.) Sendo assim, fiquei por minha conta em Lisboa. Isto já não me acontecia desde... o ano passado, acho eu. É estranho porque a minha vida já não se desenrola nesta capital e apesar de haver imensas coisas para fazer, bloqueie um bocadinho até me decidir.
Tinha um recado para fazer (que ficou incompleto, mas não por minha causa) e depois fui almoçar com os meus antigos colegas da Direcção Geral de Veterinária. Quando cheguei, só encontrei o Pedro porque os restantes já tinham saído. Acabei por almoçar numa cozinha improvisada nos antigos estábulos... Fenomenal!!! Tive um almoço verdadeiramente tuga, de fogareiro e vinho alentejano de pacote, com direito a aperitivo, café e xiripiti caseiro. Terminámos com o "jogo da moeda". Quem disse que os pequenos prazeres da vida eram o que a tornava interessante, tinha toda a razão. Passei um pouquinho da tarde a conversar com o resto do pessoal (Ana, Patrícia, Francisco, Cardo e Xana) e descobri que está tudo na mesma ou pior... Reforça sempre a minha certeza de ter tomado a decisão acertada há um ano de ir para fora, mas entristece-me, por eles, que são uns colegas excelentes e com quem adorei trabalhar. Positivo foi que, como não consegui almoçar com todos, talvez consiga jantar com os que faltaram, isto é, se a Rita não precisar de mim mais logo.

Quebrei hoje o silêncio, mas não espero voltar aqui tão cedo... O silêncio ajuda-nos a reflectir e depois do que aconteceu, juntando o "lusco-fusco" e o "céu cair-nos em cima das cabeças" das minhas últimas intervenções, só me resta remeter-me ao silêncio, que tão meu amigo tem sido.

Até um dia destes.

PORTUGAL!

Não sei o que lá vem...mas tenho fé...como tenho sempre e para quase tudo. Vamos jogar dentro de 1h30 os 1/4 de final do Europeu...espero ficar feliz depois. Feliz como fiquei hoje quando a enfermeira, a mais querida de todas, me ajudou, sem dor, a tirar restos de alcatrão da mão e me deu força e boas perspectivas para a minha recuperação que continua de vento em popa. Feliz como sinto hoje por amanhã ir rever todos os meus colegas e alguns (poucos) grandes amigos que achei que nunca mais ia rever. Feliz por hoje ter arranjado as mãos com a Solange. Feliz por ter passado a tarde a trabalhar, cheia de vontade. Feliz por receber amigos daqui a pouco cá em casa para vermos Portugal. Feliz por ter apertado o soutien hoje sozinha.
Como diz o mano "BOOOOOOOORA!"
Até logo!

RTP 1...rules!

Pausa no relato da minha convalescença...vou me debruçar sobre as tardes televisas dos nossos 3 canais generalistas...Como é que havemos de evoluir?! Dizem que a televisão dá aquilo que as pessoas querem ver...por isso é que eu não vejo televisão, pelo menos à tarde...mas hoje, quebrei a rotina das minhas tardes de passeio, trabalho, internet, descanso, Anatomia de Grey, para ver o que se passa...30 segundos chegaram para confirmar que a RTP, mesmo com o João Baião, destaca-se pela inteligência, sobriedade,...Os programas da TVI e da SIC são vá lá, programas de...de...vómito - parece ser de facto a palavra mais exacta para descrever o que sinto e penso. As calamidades humanas relatadas pela agora tentativa de ser séria e ética Julia Pinheiro, numa clara ressaca depois de ser a sempre excelente comunicadora, mas histérica, bregeira, parola, apresentadora de coisas como "cantando e dançando para um casamento de sonho" ou do outro de 2o tristes almas tentarem sacar um falso milionário, que honestamente fariam o Big Brother 7 parecer os Lusíadas. Na SIC, qualquer coisa que junte Nuno Graciano, José Castelo Branco e Marta do Marco do Big Brother dispensa apresentações ou comentários, certo?
Por isso, e porque os 300 canais da ZON repetem trinta vezes por dia os mesmos programas, viva a Tânia Ribas de Oliveira, uma simpatia, as reportagens sobre a protecção da vida selvagem ou sobre o Badoca Parque...viva o Portugal no Coração, e do seu sucessor Portugal em directo que mostra o que há para fazer no nosso imenso país...estou a ver, por ex, uma reportagem sobre o parque biológico de Vinhais, óptimo sítio para passar férias em família, por 20€ a noite...Enquanto isso, 23º temporada dos Morangos na TVI e 16º telenovela brasileira diária na SIC...Haja paciência...até eu, em directo de minha casa, fazia um programa mais educativo e interessante para as massas portuguesas.
Quanto a mim: enxuguei-me sozinha, abotoei a camisa sozinha, fiz o almoço, pus a mesa,...e a mão está mais solta....só boas novidades! Amanhã, é dia de penso...vamos lá ver...
Agora, vou dedicar-me ao Magnum Branco que o Telmicos foi comprar à rua...pequenos prazeres da vida para os quais estou completamente disponível e que quero aproveitar...muito.
Até logo!

Practice makes perfection

Primeiro post sem tala na mão direita. Primeiro post sem pontos na cabeça. Primeiro post sem inchaço na mão esquerda. Primeiro post depois do primeiro banho sozinha.
É efectivamente incrível o que passamos a festejar e valorizar quando perdemos algo, como por ex, mobilidade dos membros superiores.
A nossa capacidade de adaptação física e emocional é uma arma brutal! Depois do fantástico banho de hoje de manhã, percebi que com a dor que persiste no dedo da mão direita, mesmo sem tala, ainda não consigo secar-me sozinha...a toalha é muito grande e pesada! Vamos ter que treinar isso agora. Mas consegui secar o cabelo com secador, desperdiçar imenso creme hidratante mas consegui espalhá-lo...vou ter de fazer algumas adaptações para viver melhor sozinha, quando o Telmo partir para Bruxelas. Acho que tomar banho à noite vai ser uma delas, só para não me stressar de manhã quando for de boleia para a Bacardi.
Para não ser eu a única a ter mimos cá em casa, o Scott foi agora de urgência com o dono ao hospital porque do nada, ficou outra vez com a pilinha muito inchada e nem conseguia mexer as patas de trás. Já me ligaram...está tratado e de colar outra vez, o pateta! Não sei o que lhe causa estas infecções, mas espero que passem.
Agora, vou me dedicar um bocadinho ao meu email profissional porque quero começar a tratar de uma acção Martini, que em breve estará em qualquer praia perto de vocês...fiquem atentos e depois lembrem-se que teve uma mãozinha minha (mas mesmo só uma, porque a outra está aqui ao lado, sossegada em cima de uma almofada para não magoar mais o cotovelo).
Até logo!

Praia!

Hoje fui ao melhor sítio do mundo...hoje fui à praia! É verdade que parecia que levava um holofote porque todos olhavam para mim, aposto com 1 destes 2 pensamentos: "coitadinha" ou "o que é que lhe terá acontecido?"...mas ao fim de uma semana de andar na rua, nada de novo.
O almoço em família "Valinhas" soube muito bem. O meu cunhado Nhecos assou umas sardinhas que estavam divinais, o Telmicos arranjou-me o peixinho, a broa que a minha sogrinha comprou estava a melhor broa do mundo, a avó animou o almoço com as suas, infelizmente já habituais, viagens e acabou por nos fazer sorrir, mesmo a nós, as "netas" emprestadas, a Sílvia e eu. O Scott comeu a comida toda da gata Lola. Na praia, foi bom reviver as tardes de férias na Lagoa, com o Telmo e o Nuno a jogarem para o campeonato mundial do ténis de praia e a terminarem com um grande mergulho nas águas agitadas da praia de sempre. Foi bom dormir ao sol. Foi bom passear à beira mar a molhar os pés enquanto punha a conversa em dia com o esponjo. Até achei graça ficar na fila da portagem da 25 de Abril, já que o carro de substituição não tem via verde. Foi bom pôr a conversa em dia com o meu colega e parceiro da viagem Grega, Rui. Soube bem o banho que tomei (ou que me deram...sim, ainda não estou a conseguir tomar banho sozinha) e o sushi que fomos buscar ao Osaka. É bom...a praia embala o meu dia e põe o meu astral lá em cima!
Hoje foi mais um dia +, e calha bem ontem ter escrito antes de ir ao suplício de ver a mão porque fiquei bem triste...mas já passou. Amanhã tb vai ser bom porque vamos ter com amigos outra vez e apanhar sol na piscina dos Rodrigues!
Até logo!

Boa disposição 1 - Tristeza 0

Estamos a 30 min dos piores momentos da minha vida actual: mudar o penso da mão esquerda.
Por isso, não queria deixar de relatar aqui que ontem foi um dia muito bom! Acho que acabaram os meus "10 minutos de terror", ou seja, o momento mais ou menos longo que me concedo para me sentir infeliz, triste, sem rumo,...nesse momento posso ter pena de mim, mas quando ele termina...acabou, "no more miss nice girl". E ontem, acordei feliz, fomos ao aeroporto mudar o regresso do Telmo para daqui a mais uma semana, fomos às Amoreiras almoçar com o mano, fomos ao CascaisShopping tosquear o lindo Scott, e fomos viver os Santos a casa dos incansáveis pais da Marta, numa mesa cheia de gente, com sardinhas, febras, sangria,....tudo! Cheguei derreada a casa e dormi que nem chumbom na noite em que fez uma semana em que a minha vida fez uma curva inesperada.
Por isso, não sei como vai estar a mão daqui a pouco, mas vou cheia de esperança, mesmo sabendo que vou chorar de dor, mas queria mostrar-vos que acho que estou a dar a volta...mesmo!
A seguir vou à Solange arranjar os pés e as 3 dedos da mão direita, vou à Wink arranjar as sobrancelhas e depois venho descansar e acabar de ver uns filmes que tenho para entregar hoje, porque logo à noite vou jantar fora...é bom voltar ao social e ter amigos à volta...gosto muito de vocês!
Até logo!

Dia de retalhos

Ainda há umas poucas semanas, estava eu em Londres, a escrever que na vida é tudo uma questão de perspectiva...e não é que é mesmo?
Sou a mesma Rita, com a mesma casa, os mesmos amigos, a mesma família, o mesmo emprego, o mesmo Scott, as mesmas angústias,...e sinto-me no entanto tão diferente. Ou pelo menos os meus dias estão tão diferentes...parecem feitos de retalhos, onde qqr coisa de diferente ganha um significado gigante, onde arranjar alguma coisa para ocupar a próximar hora é um grande desafio para que não fique eu entregue apenas à minha perigosa mente.
Hoje foi dia de mudar o penso...muita dor, muito choro mas muita força tb! E estava menos inchada. Está horrível mas menos inchada. Antes de ir à clínica há todo o ritual lento mas feito em bom trabalho de equipa com o grande Telmo, incansável, de levantar, tomar banho, vestir, pequeno almoço...não consigo fazer nada sozinha...mentira, já ponho as lentes, penteio-me, escovo os dentes e pego na caneca do leite. São estes os 2 primeiros retalhos do meu longo dia.
Depois vem o almoço, antecedido dos melhores momentos dos meus dias: as sestas. Não penso em nada e o tempo passa.
Retalho 3: vemos o filme Juno...muito simples, muito bom
Retalho 4: Portugal...com alguma emoção, mas nada perto daquela fanática por futebol que sou
Retalho 5: está para vir...o Telmo trabalhou um bocadinho, fez o jantar e eu vejo pela 10º vez o noticiário deste país que está ao saque, com tudo a parar, menos o futebol...é o terceiro mundo...enoja-me ver leite e fruta a serem deitados fora cá por não haver transportes e do outro lado do mundo estarem a morrer de fome...
Amanhã há mais retalhos, sinal que cá estou...espero que continuem a chegar telefonemas, emails, sms e visitas de pessoas que podem mesmo fazer-me sorrir por fora e por dentro. Todos os sinais de carinho são importantes e peço aqui por isso àqueles que no seu interior sabem que ocupam um lugar especial no meu coração que continuem a puxar por mim, a acreditar em mim e a mostrar-me todos os dias como a nossa vida, juntos, faz sentido.
Até logo...como diz um grande amigo meu, para nunca ter de dizer adeus ou tchau...

Melhor aspecto...por fora

Estou com melhor aspecto, ou aspecto mais normal, o que facilita o olhar ao espelho exterior. Já tirei a banda da cabeça o que mostra agora um cucuruto cheio de cabelos espetados e um círculo sem cabelo com pontos muito estranhos e em ziguezague...a mão direita já está com uma tala e ligadura mais pequena. O Telmo conseguiu lavar-me ontem a cabeça com o Betadine espuma, champô brutal...por isso os meus longos cabelos já estão com um aspecto mais lavadinho.
A mão esquerda é que não avança e está-me a tornar muito ansiosa. Mudei 2 vezes o penso ontem o que é o mesmo que dizer que sofri e chorei muito ontem. O médico assustou-me a dizer que se não baixar o inchaço vai ter de me abrir a mão e que para isso tenho de ter a mão sempre para cima...mas eu não faço outra coisa...até porque nem consigo ter a mão para baixo. Estou assustada e peço aos anjinhos que façam com que amanhã, quando for mudar o penso, a mão tenha dado algum sinal de melhoras...
Por dentro, continuo uma nódoa negra. Culpo-me por tudo o que estou a passar e por não ter lido o meu cansaço a tempo. Sonho com o que poderia estar a fazer agora...acho que tinha planeado mudar a roupa de inverno para verão hoje. Fico nervosa por não ter uma ideia clara de quando recomeçarei a tratar de mim, por mim. Tenho saudades de muita coisa e de muitas pessoas que não sei quanto demorarei a rever. Temo por voltar a guiar à noite. Receio que o Telmo se vá embora outra vez. E choro, para tentar lavar a alma.
Agora, como diz a Mariana que comentou o meu post anterior, tenho sorte porque choro por coisas que tenho...amigos, amor, companhia e até saúde. Nunca me pavoniei com a sorte que tenho, até porque luto muito para ter qualquer coisa (não sou daquelas pessoas que nasceram com o rabo virado para a lua) e embora continue sem perceber quais as aprendizagens profundas que tenho de retirar daqui, estou feliz por ter amigos verdadeiros, um emprego que adoro e por estar preocupada com as minhas sobrancelhas que estão tipo selva...ainda consigo ser vaidosa.
Está difícil, mesmo para esta Rita que muitos intitulam como forte, sobrevivente,...preciso de todo o vosso mimo para me conseguir voltar a pôr de pé, como dantes. Quando ficar boa, vou fazer uma massagem, arranjar pés e mãos, arranjar o cabelo e as malditas sobrancelhas, jantar fora com amigos, passear com o Scott e sorrir...muito...para brindar à vida que quero agarrar com unhas e dentes, sem deixar nada nem ninguém fugir.
Beijos para todos com muita vontade de receber os vossos de volta.

Nova oportunidade

Antes de escrever este post, reli o anterior...que ironia! Estava com sono fechei os olhos por 1 milésimo de segundo. Pensei no meu avô, pedi-lhe que me protegesse e senti que tudo podia acabar ali, naquele momento, tão perto de casa... Quando me lembro de mim, oiço vozes que dizem que o carro está a deitar fumo, choro com dores no braço, sinto terra na boca e sinto-me sozinha...num caos...muito perdida, a querer muito estar a viver um pesadelo...mas não, era tudo muito real...demais até.
Depois de muito sofrimento físico, cheguei a Santa Maria, o Gonçalo chegou logo depois (foste o meu herói...nunca me vou esquecer destes momentos, em que me protegeste de tudo...acho que é isto a que se chama ser Amigo) e foi uma manhã de exames, choro, dor,...enfim, tudo bem mais tranquilo por fora agora, porque por dentro, dói demais.
Tenho uma ferida feia na cabeça com pontos, a mão direita com uma tala, mas ainda dá para teclar, e a mão esquerda muito ferida e queimada. Amanhã vou mudar os pensos e ver como estou a recuperar.
O Telmo já chegou, preocupado mas sereno por poder agora tomar conta de mim, rendendo assim a minha incansável mãe que como sempre tomou conta de mim como ninguém.
Aos meus colegas, resta-me agradecer do fundo do meu coração toda a onda de solidariedade que tenho sentido nestes dias...é bom sentirmo-nos queridos de vez em quando.
Agora tenho que limpar cá dentro, perceber os sinais, aprender com o que aconteceu e aproveitar melhor esta nova oportunidade que alguém me deu...sim, porque depois de ter visto o carro, não sei como estou aqui...
Não estou feliz, estou perdida, sinto que tenho pessoas que gostam mesmo de mim, mas preciso de me encontrar outra vez, tomar um rumo e Viver!
Obrigado por continuarem aí e não tomem nunca nada como garantido...nunca.
Até amanhã....se tudo correr bem!

O meu regresso

No meio de todo o caos que tenho para gerir até Sexta à noite, decidi passar por aqui antes de mergulhar a fundo nos 245 emails que tenho para ler e responder, e na Reunião de Vendas que tenho para fazer para amanhã e que está numa bela folha branca...
O tempo por agora escasseia, e por isso, fica a promessa de um relato mais extenso sobre a Grécia provavelmente no fim de semana.
Por agora, saibam que estou bem, mesmo com a média 4 horas de sono por noite, em 5 noites consecutivas, que Atenas é feio, mas que a ilha Aigenia é brutal, que ter estado 6 dias de férias com muitos colegas de trabalho e um ou outro amigo foi bem melhor do que imaginei, que tive muitas confirmações, e uma surpresa no que toca à ideia que temos sobre as pessoas que enchem o nosso dia-a-dia de trabalho, que o tempo estava do melhor, que ri imenso, que estou algo tristonha por ter acabado, que me apetecia ter perdido o BI e poder ter ficado mais uns dias por lá, que hoje estou muito mancabúzia, que cá dentro está difícil, que não sei para onde vou, que amei os vossos comentários sobre o grande avô Valinhas (muitas estreias a comentar o que me encheu o coração), e que a vida nos prega muitas partidas e desencontros...hoje o Telmo faz escala na Alemanha e eu estive lá ontem...
Volto assim que conseguir, entre trabalho, ginásio, compras, e muitos pensamentos para me ajudarem a chegar onde quer que seja...já dizia alguém conhecido "se não souber para onde vou, nunca vou saber se lá cheguei"

Ausência forçada

Antes de mais queria dizer-vos que a Rita chegou bem, mas tarde, a Lisboa. Nos próximos dias vai estar bastante ocupada com o trabalho, mas assim que puder conta-vos melhor as mini-férias em Atenas.
Eu estou de partida para Brescia, Itália. Fica perto de Milão, mas não vai haver tempo para passear... Uma conferência de dois dias mais um simpósio no sábado.
(Tive de interromper o post por duas horas por causa de uma reunião...)
Portanto, dizia eu que estou de partida.
O tempo em Milão está como o post anterior sobre o céu a cair-nos na cabeça. Nada de novo...
Vou estar ausente do blog por uns dias mas conto com a Rita e convosco para não o deixarem esmorecer!!

Abraços e beijinhos.

O céu vai cair-nos em cima da cabeça!!!!!

Se estivessem aqui iam perceber...

O dia vai lentamente ficando noite só com o aproximar das nuvens cinzentas carregadas que começam a tomar conta do céu.

Chuva e trovoada não devem tardar.

O lusco-fusco está a instalar-se... e não é só lá fora.

Não sei quando vai passar.

Actualização

Como prometi trago mais notícias da Grécia e das aventuras da Rita.
O campeonato não lhes correu lá muito bem: perderam os três primeiros jogos com a Alemanha (4-1), a Rússia (4-1) e a Grécia (5-0). Conseguiram ganhar o último contra a Bélgica (3-2). Ficaram em 10º, num total de 12 equipas.
Quanto ao resto, estão a divertir-se imenso, com muito sol, praia e bebida.
Hoje programaram uma visita a uma ilha.

Por cá, entre paradas circenses no centro de Bruxelas, torneio de futebol da Comissão Europeia em Overijse (ainda não joguei, mas já estou bem melhor!!!), festa do ambiente no parque Cinquentennaire, Avenida de Tervuren por conta da multidão e um sumo ao final da tarde em St. Gilles com amigos, também não se esteve nada mal.

Até depois...