domingo, 4 de maio de 2008

Até já, Bruxelas...

E cá estou eu, na zona de embarque A48 do areoporto de Zaventem...já a morrer de saudades daqui e com aquele misto estranho que quem e não quer voltar. Basta virar costas ao Telmo depois de passar a barreira do segurança, despeço-me sempre com um sorriso enorme e pumba...mergulho numa tristeza que doi muito. Ainda nem acabei de descer a primeira escada rolante e já estou naquele exercício de força psicológica para me fazer sorrir, para me fazer lembrar todos os dias fantásticos que passei por aqui. Com vontade de agradecer aos meus pais por me terem feito estudar num liceu estrangeiro que me permite perceber perfeitamente outras linguas e que me abriu os horizontes para esta coisa fantástica que é a Europa. Com vontade de agradecer o facto de ter um emprego que me faz feliz, e que me proporcionou estar aqui sempre a um clic apenas de relatar os meus dias e pensamentos. Com um orgulho enorme no Telmo e em tudo o que ele tem conseguido pelo seu próprio pulso. E com aquele sentimento reconfortante, que me dá o equilíbrio necessário para acordar todos os dias, de que o meu caminho está traçado, e dê as voltas que der, eu irei fazer o que estiver para ser feito...é tipo aquele filme "Sliding doors", com a Paltrow...entre ou não no metro, a vida dela segue o mesmo percurso.
Por isso, com 2 horas de atraso, o que foi fantástico, porque pela primeira vez, amei chegar a um aeroporto e ver "Delayed", aproveitámos este tempinho extra para voltar à cidade, apanhar sol no parque do Cinquentenaire, cantar Mafalda Veiga ao som do Ipod e reconfortar o coração com mimos para segurar a saudade que fica e que perdura até à próxima visita do Telmo a Lisboa, em Junho.
Assim, sentadinha na sala de embarque, já com os srs a chamar, estou feliz, com saudade do que fica, com vontade de abraçar o que vem...Até já, Bruxelas! Até já, Lisboa!

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