terça-feira, 9 de setembro de 2008

Reclamar

Férias são sempre férias, mesmo quando esperamos que o sol nos brinde todos os dias com o seu calor e ele infelizmente não está para aí virado. Primeira questão: que raio de roupa vou vestir? Preparo-me já para a praia, mesmo que lá fora esteja a chover, ou visto qualquer coisa até passar o mau tempo? Antes deste dilema é preciso encher a barriga com um bom pequeno almoço na costa atlântica, no sul de França. E com isto já são quase 11h30... O sol começa a querer fazer-nos a vontade. Graças às inovações informáticas, decidimos consultar as nossas finanças. e eis senão quando percebemos que nos foram ao bolso, descaradamente, nas nossas barbas, isto depois de termos cumprido as indicações que nos deram. De imediato o telefonema da praxe para saber o que se passa. Alguns minutos de espera... Finalmente atendem. Depois da explicação do cliente, ou seja nós, a explicação do fornecedor: falha na actualização do sistema o que levou a uma ordem informática automática que nos provocou o rombo no bolso. Contesto. Má explicação, não serve os meus propósitos e não tem lógica porque fizemos aquilo que nos indicaram. Qual é a solução, então? Sugerem: ligue ao seu banco e peça a revogação do débito. Brilhante!!!! Eles fazem a caquinha e depois eu é que tenho que ligar para o banco a pedir a revogação??? E que raio de banco é que autoriza revogações por telefone??? Outra soluçao, pergunto? Esperar que o fornecedor dê indicação ao banco para fazer o estorno do valor. Ok, quase rendido, peço um nº de fax ou uma morada para onde posso reclamar, que me é dada com algum desprezo... E por descarga de consciência ligo para o meu simpático banco que me confirma que só presencialmente posso solicitar a revogação, ou então por fax. Fax! Podemos sempre tentar mandar um pelos correios aqui da vila, que parecem constantemente abandonados pelos serviços públicos deste país...
Reclamar é algo que tenho vindo a fazer com maior frequência. Seguindo a velha máxima de "quem não chora, não mama", sempre que acho que estou a ser prejudicado ou a tentarem passar-me a perna, reclamo, normalmente por escrito. E tem resultado!
Ora todo este tempo perdido , fez com que o sol decidisse mesmo ajudar-nos e, depois de termos dito adeus ao Mr. Uva (cujo envelhecimento vamos testemunhar nos próximos dias...) lá fomos, em fato de banho para a nossa praia de eleição, em Ibarritz.
Ainda conseguimos aproveitar umas horas na praia e dentro da deliciosa água até o altifalante do posto de socorro da praia ter anunciado que: "Pour des mesures de sécurité la baignade est interdite due aux orages. Nous rappelons que vous devrez aussi quitter la plage pour votre sécurité." É isso mesmo. Estava a começar a chover e uma pequena trovoada substituiu o sol, o que levou os zelosos nadadores salvadores, em número de 1 para cada 2 banhistas, a tomar esta diligência. Fomos para casa aborrecidos, com vontade de reclamar do tempo, mas neste caso é mais complicado fazer com que nos ouçam...
Decidimos visitar Bayonne e jantar por lá. A chuva acompanhou-nos durante toda a visita, que acabou por ser curta devido à hora de ponta que nos abrandou consideravelmente. Mesmo assim ficam as fotos como testemunho.
Amanhã há mais! À plus.

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