segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Post 02/2009

4º dia – Sexta 2

O dia mais carregado... Ambiciosamente decidimos que este era o dia do Louvre. Mas antes, começaríamos a nossa viagem, a pé, a partir do Arc du Triomphe. As ruas de Paris estavam brancas da neve que caíu na primeira noite do ano, emprestando um ar gelado à cidade. Por “raisons techniques” - desconfiamos que o despertador de alguém não tocou - o Arc du Triomphe só ia abrir mais tarde e nós, sem tempo a perder, decidimos descer os Champs Élysées. Depois de adquirir o nosso primeiro souvenir de Paris (uma caixa de 50 chocolates da Nespresso para acompanhar os maravilhosos cafés da nossa máquina nova!!) continuámos avenida abaixo, agora já com a companhia do sol, que ficou connosco o resto do dia. Parámos no Grand Palais, onde a fila de espera para ver uma exposição de 1h30 era de 4 horas (?!?!). Ficámo-nos pelo Petit Palais, igualmente bonito, e vimos uma exposição do fotógrafo Patrick Demarchelier, que já fotografou este mundo e o outro de celebridades. Continuámos até à Place de La Concorde, coroada pelo obelisco oferecido pelos egípcios em sinal de amizade há mais de 100 anos. Entrámos no Jardim des Tuilleries, com os seus pequenos lagos todos gelados, e como a barriguinha (a minha, claro!!) já estava a dar sinal, procurámos o nosso destino para o almoço: Le Pain Quotidien!!! Se recuarem atrás nos posts, pela altura em que eu ainda estava em Bruxelas, devem lá encontrar algo sobre este sítio de eleição. Mortas as saudades desta boulangerie/patisserie/restaurant, demos corda aos sapatos e entrámos no Louvre, pela Porte des Lions, que tinha acabado de abrir, o que nos evitou ficar numa fila muito longa.
O Louvre é, sem dúvida nenhuma, o maior museu do mundo. Andámos quilómetros e horas lá dentro, entre 1º e 2º andar, rés-do-chão, entresol e sous-sol... Vimos milhares de quadros, esculpturas, artefactos, móveis, loiças... E claro, vimos a Mona Lisa, pequena e guardada a sete chaves e a Vénus de Milo, sem os seus bracinhos, coitadinha... Para ver tudo seria necessário uma semana e muita, mas mesmo muita paciência e dedicação à arte, duas coisas que não abundam aqui pelos nossos lados... De qualquer forma, adorámos as pirâmides, a de vidro e a invertida, e ficámos com o bichinho de tentar saber mais (porque já não nos lembramos...) da época da história de França entre Louis XIV e Napoléon Bonaparte, que mandou construir um Arco do Triunfo, mais pequeno mas nem por isso menos imponente que o outro, que se encontra por cima do Carroussel du Louvre. Tentámos jantar no Hard Rock, mas até aqui havia fila de espera de 1h30 e fomos ao Exki (também já fizemos referência a esta espécie de “Go Natural” quando ainda na Bélgica), para depois saborear um Latte Moka Gengibre do Starbucks, antes de ir descansar.

5º dia – Sábado 3

Tínhamos planeado ver os bairros da Tour Effeil e Quartier Latin, mas uma indisposição inesperada da Rita fez-nos reduzir o percurso. No entanto, corajosa e determinada como só ela é, lá fomos, cansados do dia anterior e contra um frio de rachar, ver a Tour. Quem sai na estação de metro do Trocadéro, fica de frente para a Tour, do outro lado do rio Seine, com uma vista impressionante, quase até ao Champs de Mars. Não subimos à Tour porque todos os turistas decidiram fazer o mesmo, e alguns milhares já se acotovelavam nas longas filas de espera. Caminhámos até ao Pont D’Alma, onde fizémos uma visita sui generis aos esgotos de Paris. Pioneiros na sua concepção, a estrutura de esgostos existe desde Louis XIV e tem vindo a evoluir até aos dias de hoje. E olhem que eles levam este trabalho mesmo a sério, não fossem eles franceses... O cheiro não estava a contribuir para as melhoras da Rita, e, nem de propósito, fomos visitar o Hotel des Invalides, local de repouso para os soldados feridos na guerra. Visitámos o túmulo do Napoléon Bonaparte e ficámos mais uma vez impressionados com a grandeza disto tudo. Almoçámos, bem quentinhos, no Quartier Latin e recolhemos mais cedo do que tinha sido habitual, para uma tarde/noite de reposo merecido e necessário no hotel.

6º dia – Domingo 4

Já perfeitamente recuperados, dedicámos o dia ao Sacré-Coeur e às ruas estreitas e movimentadas de Montmartre. Subimos à cúpula da basílica de onde pudémos disfrutar de uma vista priveligiada de Paris, o pior foram os 300 degraus em caracol que tivémos de subir!!! Escolhemos os souvenirs nas muitas lojas existentes e almoçámos um fondue au trois fromages que estava uma delícia. Até ouvimos o mesmo músico que esteve no restaurante do nosso primeiro jantar em Paris!! Satisfeitos, regressámos ao final da tarde a Lisboa, com vontade de voltar um dia...

P.S.: Este post é, obviamente, a continuação do anterior e foi escrito já em Lisboa, ainda com cheirinho a Paris, e a Galette des Rois...

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