sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dartmouth, Nova Scotia, Canada - Part I, II e III

Se eu não escrevesse um post daqui vocês não acreditavam que eu tinha passado por aqui, pois não? Se recuarem até ao ano passado, lá para Setembro, devem descobrir uns posts a descrever esta cidade e a outra também muito conhecida, Halifax, que fica do outro lado do rio.
Por isso não percamos mais tempo e avancemos até porque amanhã tenho de acordar às 05h45...
Ora bem... Dia tranquilo, muitas reuniões, perguntas, respostas, documentos, apontamentos... O costume. Tivemos mais frio e pela primeira vez desde que chegámos chuva e parece que amanhã ainda vai estar pior. Mas como estamos de partida ao final do dia, pode ser que não nos afecte muito.
Ao almoço tive o meu primeiro cheirinho de Natal quando parámos num restaurante a caminho de uma fábrica de peixe. Para além de comida (que era muito boa) também vendiam todo o tipo de coisas como roupa quentinha para o inverno, velas e afins decorativos, molhos, especiarias e apetrechos de cozinha e... decorações de Natal!!! Em madeira ou de vidro, mas todas a lembrar que a época natalícia está a chegar com todas aquelas coisas boas que nos aquecem o coração. Por falar nisto, tenho de ver se arranjo um presépio... De notar que no restaurante só estava sentada toda a ala feminina septuagenária das redondezas. Umas queridas! E a lareira a crepitar o tempo todo...
Tendo dado o dia por terminado pelas 18h00, decidimos dar descanso ao nosso colega que também tem servido de motorista, e fomos de táxi até ao restaurante que nos recomendaram no hotel. Atalho de foice, o Country Inn onde estamos instalados é tal e qual um em que estive o ano passado num sítio qualquer isolado do Canada, ou seja, piroso... Mas tem net à borla! O taxista que nos levou até ao restaurante era bielorusso, de seu nome Alex, há 20 anos no Canada e cidadão canadiano por direito. Mas muita maluco!!! Não conseguia conduzir com as mãos quietas no volante, sempre a levantar os cotovelos como se fosse uma galinha cheia de tiques nas asas e falava sem parar... Falou da família, da mulher, do passaporte Canadiano e dos países que agora podia visitar e que antes não era capaz por causa do passaporte Bielorusso, dos estudos na Academia da Marinha em Murmansk... Fez montes de perguntas e no fim saiu-se com esta para o nosso colega canadiano (para ler com pronúncia russa, como nos filmes):
"- Could you tell me who was special agent who broke down fish industry in New Foundland? Do you know it? Please, tell me! Before New Foundland full of fish and industry, but now empty! Totally broken! Must have been foreign enemy agent!". Isto enquanto abria os olhos esbugalhados e agitava os braços sem parar... Um espectáculo, digo eu!
No restaurante recomendado, o "The Mic Mac Bar and Grill" comeu-se divinalmente... Bons bifes, suculentos e tenros e um puré de cenoura delicioso. Ainda arranjei coragem para uma sobremesa, um "apple crisp". Regámos tudo com cerveja da terra, sempre em amena e divertida cavaqueira. No regresso, acho que fomos conduzidos por Gandalf, o Branco, mas com menos trinta quilos que o original do filme do Senhor dos Anéis.
Tenham uma boa noite ou bom dia conforme desejarem!
Ah! E aprendi duas novas palavras em espanhol: "ganduleria" e "gandul". Adivinham o que querem dizer?

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