sábado, 23 de janeiro de 2010

Up in the air... again... and BANZAI!

Meu Deus... Já lá vai tanto tempo desde a útlima vez que fiz um post... O do Natal e fim de ano foi só para saberem que ainda ando por aqui, apesar de não ter tido muita vontade de rabiscar no blog.
Passados tantos meses, e passada tanta coisa (dava para outro post...), eis-me de volta ao meu trabalho e às minhas viagens. Desde Outubro que não tinha uma missão. A primeira deste ano 2010 é ao Japão. E já estou em Tóquio!
A viagem começou em Dublin, pelas 09h00, e após uma breve passagem por Paris, meti-me num avião quase vazio e voei 11h30 até este lado do mundo. Passámos pelo golfo da Filândia e atravessámos a Rússia, pela Sibéria, até chegar a esta ilha pelo lado norte. Vista lá de cima, estamos nitidamente no inverno, com tudo o que é campo ou bosque a mostrar os tons amarelados e castanhos próprios da estação. Não deu para ver o monte Fuji, apesar do capitão ter indicado onde ele estava, mas o meu lugar era no meio, por isso pouca visibilidade...
O vôo correu bem, sem turbulência de nota, e deu para ver o Transformers 2, Surrogates e The Time Traveller's Wife. Para além do serviço a bordo sempre impecável da Air France, claro.
Já no aeroporto, encaminhou-me para as bagagens, mas primeiro tenho de passar pelo controlo de imigração. Toda a gente anda de máscara por aqui... e são mais baixos do que eu.
Antes da fila sequer começar (fila no sentido figurado porque não havia ninguém à minha frente...) duas senhoras muito simpáticas já me estavam a indicar o caminho a seguir, depois qual a cabine onde me devia dirigir. No posto de controlo, um senhor muito simpático recebeu o meu passaporte com as duas mãos, fez-me as perguntas da praxe e disse-me que tinha de tirar as minhas impressões digitais e uma foto. Para meu espanto, a maquineta onde eu tive que fazer isto, apresentava as instruções no écran, num português perfeito! Buscar a mala foram 10mn e depois passar pela alfândega: "Nada a declarar" e mais umas perguntinhas, todas feitas por trás da máscara.
Saio para o mundo real japonês. Os aeroportos são sempre uma espécie de limbo entre o estar ou não num país, não acham? Fui logo à procura da companhia de autocarros que me recomendaram para ir para o meu hotel, o Imperial Hotel. Tudo muito organizado, não havia muita confusão à saída, talvez por ser sábado... O céu azul e o sol ajudaram a compôr o quadro...
Como havia autocarros todos os 5mn, para hóteis diferentes, uma senhora muito simpática estava constantemente a organizar as filas enquanto outro senhor muito simpático tratava das bagagens dos clientes. Na fila está um casal de idosos ingleses, com casa em Ferragudo (sim, no Algarve!), que só estão de passagem por Tóquio durante 2 dias porque vão passar 4 semanas de férias na Nova Zelândia e jogar golfe. Brilliant!
No Japão conduzem como na Irlanda e são muito respeitadores dos limites de velocidade... Aliás, acho que são muito respeitadores de tudo! Entre eles fazem umas 50 vénias enquanto se cumprimentam ou se despedem... Na autoestrada, tudo num brinquinho, não há lixo e uns senhores muito simpáticos cortam os arbustos em escadinha... As marcas dos carros são bastante óbvias de adivinhar... Toyota, Nissan, Mitsubishi, Honda são aos pontapés!!! No caminho até ao hotel deu para ver uma paisagem mais rural, com muitos campos de arroz, passar depois para os subúrbios de Tóquio, onde pude ver que os japoneses gostam de secar a roupa como nós, ou seja, na varanda. A partir de um certo ponto, fomos sempre num viaduto, daqueles onde passam carros por baixo também, ao nível do terceiro andar dos prédios... Dá um pouco a sensação de claustrofobia... Mas organizada. De repente, viramos à esquerda, saímos do aqueduto e estamos numa avenida principal de Tóquio. Consegui ver um jardim público todo arranjado e muita limpeza e organização.
A entrada no hotel, que mais parece um centro comercial, foi feita com a ajuda de 3000 senhores muito simpáticos e na recepção foi um instante. O quarto é confortável, apanha sol durante a tarde e tem uma casa de banho, ou melhor uma sanita que só lhe falta falar... Ela é acento aquecido, desodorizante, spray invertido, bidé com repuxo e autoclismo num painel electrónico que parece um computador de bordo. Há cerca de 11 restaurantes (!?) dentro do hotel, que me parece ser mais do que só um hotel... O jet lag está bem e recomenda-se, apesar de já o ter tentado fintar com uma sesta. Não resultou. Não há canais de televisão estrangeiros e neste momento está a dar uma espécie de "24" à japonesa...
Mais daqui a pouco vou jantar mais os colegas que entretanto chegaram e depois tentar trabalhar um pouco. Aproveitem bem o vosso sábado!
Ainda não vi nenhum Power Ranger... Nem o Songoku.
Sayonara.
P.S.: Vim agora do jantar. Comemos numa típica tasca japonesa, toda feita de madeira, com a comida exposta para o cliente escolher... No regresso deparei-me com este restaurante:
"Adega Portuguesa Vilamoura"... E têm pastéis de bacalhau!Fenomenal!

2 comentários:

Rita disse...

Excelente ter-te de volta ao relato de aventuras..nem que seja apenas enquanto estás em missão. Ainda hoje o Nelson perguntou se tinhas voltado a escrever ao que eu respondi..."pode ser que recomece agora"...acertei! Continua. Quero saber tudo!

Anónimo disse...

olá e que bom estares de volta.
Espero que continue a correr tudo bem e vai contando as peripécias.Beijinhos Tia Nita.