terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Aeroporto de Brasília, Presidente Justino Kubitschek - 27/02/2012

Já nem me vou atrever a dizer que voltei e que vou compensar o tempo em que não vim aqui dar novidades com posts actualizados de tudo o que se foi passando na minha vida desde o dia em que deixei a Irlanda para ir à Albânia. Fico cheio de vergonha...
No sábado 25 começou mais outra viagem. A um país que nunca tinha visitado na vida, apesar de ser provavelmente um dos mais presentes no meu quotidiano quando ainda morava em Portugal. Sim, adivinharam, estou a falar do Brazil. A partida foi à tarde com uma passagem curta por Londres e com direito a dormida em Lisboa.
Tive a sorte de poder ir jantar com a minha família e celebrar com todos o 30º aniversário do meu irmão, a quem dei as boas vindas aos fantásticos “intas”. Também lhe oferecemos, eu e a Lenka (alguém que tenho de apresentar neste blog), uma camisola da Selecção de futebol da República Checa, com o seu número preferido, o 3, e o nome “nuno”. Como ele disse depois, é “a melhor prenda do mundo de sempre, mesmo aos 30”. Durante 4 anos vamos estar na mesma década e ambos longe de “casa”, mas vizinhos de ilhas, já a partir de março.
Experimentei a cama fofinha do Sofitel da Avenida da Liberdade, hotel que recomendo pela simpatia com que fui recebido e pelo estilo do quarto. Não é à toa que é um “luxury hotel”, com a atribuição recente da última e quinta estrela que lhe faltava no currículo.
De manhã, já no aeroporto, a equipa, desta vez ibérica com presença maioritária portuguesa, juntou-se para o longo vôo de 9h40 até Brasília. Foi uma estreia para mim viajar em classe executiva num vôo tão longo com a Nossa companhia aérea. E foi uma boa experiência! Não fica nada atrás de outras companhias com as quais viajei, com a vantagem da língua, da comida tradicional (um pastel de nata a 10000km de altitude sabe tão bem!), dos vinhos de qualidade (Quinta do Côto, Douro, tinto – Muito Bom!). Interessante também verificar que a idade dos comissários de bordo e hospedeiras nesta classe é acima dos 50. Os efeitos colaterais são a utilização de um inglês quase impercéptivel, mas dou o braço a torcer, hilariante e uma certa pronúncia “à tia” algo irritante. Mas sempre muito simpáticos!
Aterrámos na capital do Brasil, debaixo de 29ºC. A cidade e distrito federal , Brasília, caracteriza-se pela sua imensidão plana e pouca presença de água. Foi construído um lago artificial para ajudar a criar alguma humidade à cidade. No caminho para o hotel passámos por alguns edíficios emblemáticos como o Congresso, a Catedral de Brasília e um museu mais recente, todos (ou a maior parte) com o dedinho do famoso, e já velhote (tem 100 anos!) arquitecto Oscar Niemeyer.
Depois de uma confusão com as reservas e o hotel em que íamos ficar (e onde acabámos por ficar graças à insistência convincente do nosso “chefe”, pudemos disfrutar de um jantar do outro mundo num restaurante chamado “Fogo de Chão”. Trata-se de um rodízio de carne grelhada, típico do sul do Brazil, com as carnes mais saborosas que já provei na vida. E para abrir o apetite, tomámos uma caipirinha e tudo.
Hoje não houve tempo para visitar fosse o que fosse, só mesmo uma reunião de trabalho com os nossos colegas brasileiros. É também uma estreia para mim, e um privilégio, poder utilizar a nossa língua mesmo quando estamos a trabalhar, contrariando um pouco a omnipresença do inglês. Almoçámos no restaurante do Ministério e percebemos porque é que tanta gente vai lá almoçar: é tudo bom e fresco!
Entretanto partimos a equipa ao meio e estou, mais a colega portuguesa, à espera do avião que nos vai levar ao Recife. Depois ainda temos outro avião até Fortaleza e por lá ficaremos até sexta-feira. Acho que é uma sorte poder visitar o nordeste (ler com pronúncia brasileira nordestina!) e testemunhar a riqueza cultural e natural deste imenso país. Espero poder partilhar convosco o que for vendo e sentindo.
Até breve!

1 comentário:

Anónimo disse...

Aproveita aí o solinho e que te corra tudo bem. Beijinhos. Tia Nita